“Objeto-espaço-vestível-dialógico”: última orientação



 Da última aula, foi orientado que meu objeto 2 fosse desenvolvido de forma a integrar mais o segundo usuário (sem o objeto, segurando o espelho) e  que os demais usos (além da máscara) fossem enriquecidos.

Também foi dito que meu objeto 1 (elo) havia muito potencial a ser explorado pra que eu abandonasse a ideia.

A minha principal mudança de olhar para essa nova entrega é a usabilidade do “Objeto-espaço-vestível-dialógico” no dia a dia. Como o trabalho final será um vídeo do objeto sendo usado em ambiente caseiro, pensei de estender essa experiência para o tempo de um dia inteiro. Como seria cozinhar com aquilo? Dormir? Encostar em outra pessoa? Escrever? Tomar banho? ...


Tendo em vista essas considerações, passei os últimos dias pensando em evoluir as minhas duas primeiras ideias na esperança de, na prática, encontrar os insights que faltavam (o que gerou novos problemas e talvez uma solução...).

Assim, estudei novamente o que foi pedido pra verificar se meus objetos desenvolvidos cumpriam os requisitos.




Evoluindo a Ideia 1 (elo), sabendo que sua essência era a mobilização do corpo pela restrição, pensei em afastar um pouco mais os corpos. Assim, percebi que o objeto continua pouco atraente e apesar do barbante, foi muito pouco alterado. No entanto, testando o objeto vejo que a exploração da sua essência foi maior com essa alteração e a nova experiência se tornou menos desagradável, o que a faz mais exploratória.

Para uma pessoa usar sozinha (um anel em cada mão), o barbante teria 40 cm (menor que a extensão dos braços abertos). Para pessoas usarem em conjunto, o barbante teria 1,2m (um pouco maior que a extensão de uma pessoa com seus braços abertos).

O protótipo demonstrou que os objetos podem ser atrelados em mais unidades.

Não fiquei muito satisfeita mesmo assim.






Ao desenvolver a Ideia 2, (resumidamente) resolvi abandoná-la. 

A melhor solução que eu encontrei para o problema da "pobreza" da experiência de quando o objeto é amarrado em outros lugares, que não a face, foi a adição dos demais sentidos à experiência (olfato, audição, toque), como visto na imagem abaixo.

No entanto, percebi que é muito desafiante unir tantos usos a um único objeto sem que um ou todos esses fiquem pobres. Ao salientar a visão, o objeto fica muito parecido com uma máscara (outras estruturas ficam frágeis demais para serem encaixadas na face), o que empobrece a experiência de ele ser amarrado na mão (mesmo que a textura desse objeto se torne interessante). Ao modificar a estrutura do objeto, a indução de como usá-lo é cada vez mais perdida. Somado a isso, onde entraria o "dialógico"? Essas questões ainda não consegui resolver.

Seguem alguns estudos.





Ai, quando eu estava trabalhando encima do desenvolvimento da primeira ideia (dos anéis e tal), me veio o questionamento: o quanto percebemos no que tocamos no dia-a-dia? 

Nossa mão percorre por diferentes texturas e materiais o dia inteiro mas nem sempre nos atentamos a isso. E se tivesse algum objeto que nos atentasse à essa diversidade?

Ímãs! Objetos dialógicos por si só (seja com o espaço - se tocamos em algum material com ferro em sua formação - ou com outro ímã). Sensibilização do toque e da visão. Enxergamos o espaço e a rotina de uma nova maneira quando realmente entendemos o que está presente nessas situações.

Depois dessa viagem toda, essa nova ideia seria atrelar o ímã à mão dos espectadores, que passariam o seu dia assim. Um anel com ímã? Uma pulseira? Isso ainda tem muito a ser explorado e testado, mas vejo muito mais potencial aqui. Dessa vez, não encontrei pontos fracos, com tudo que dialogamos até aqui. 

Entenda mais da ideia abaixo.




Sim, mudei a cor do marca texto dessa vez. As ideias não estavam funcionando com o rosa. Vamos de azul.


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